O isolamento durante a pandemia agravou os números de violência contra o sexo feminino no Brasil. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública , em 2021 ocorreram 1319 casos de feminicídio no país, cerca de um a cada sete horas. E esse crime covarde faz outras vítimas além da mulher: como em 88% das vezes quem pratica o crime é o próprio marido ou companheiro, os filhos desse casal, de repente, ficam órfãos da mãe e também de pai, que é condenado e vai preso pelo crime.
A tragédia se abate ainda mais sobre essas crianças quando o Poder Público demora a acolher e cuidar das necessidades delas, uma realidade mais comum do que a sociedade quer aceitar.
Atento a essa necessidade das crianças, também vítimas dos crimes contra a mulher, o deputado federal paranaense Luizão Goulart apresentou uma proposta para agilizar o acolhimento dessas crianças: o Projeto de Lei 467 de 2022 propõe a criação um sistema de atendimento prioritário para menores de idade vítimas colaterais de feminicídio. O objetivo desse sistema é agilizar o direcionamento dessas crianças aos responsáveis legais mais próximos, garantir que elas recebam pensão, sejam encaminhadas a escolas e tenham tratamento psicossocial para lidar com esse difícil momento.
“A violência contra a mulher, em todos os seus níveis, infelizmente, ainda é uma realidade extremamente marcante. O nosso projeto é uma forma de ajudar na solidificação das políticas públicas para essas vítimas. Somos a porta de entrada para a garantia desses direitos”, afirmou o deputado.
Bruno Angrisano / Solidariedade na Câmara
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